Snnopy - De volta aos anos 80
Criado em 1947, por Charlie Schulz, Peanuts nome original de Snoopy, mostra a turma do Charlie Brown e de seu cachorro Snoopy.
Charlie Brown também, conhecido como Minduim, que sempre pronunciava um "mas que puxa" é o protagonista do desenho vivendo fatos comuns a maioria dos garotos e garotas junto com a sua turma.
Possui um amor platônico pela "garotinha ruiva" vive a suspirar por ela, porém não declara seu amor. O interessante do personagem Charlie Brown é justamente este traço de personalidade, ou seja, ele é um romântico acredita que é amado e que pode amar, mesmo não sendo correspondido sonha. As situações problemas giram em torno dele. Tudo é difícil para Minduim. Daí o grande sucesso do desenho pela identificação com este personagem mesmo não sendo cômico. Apesar de ser imediato o carisma de Snoopy que ao contrário de seu dono é decidido e age como um ser humano afinal ele é um cão da raça Beagle, é no garoto que nos identificamos nos seus medos e frustrações tão comuns.
Toda a turma de Charlie Brown possui personalidades marcantes. Seu melhor amigo Linus andava com um cobertor azul para todos os lados não largando por nada, Lucy irmã de Linus sempre procurava meios de deixar Charlie em situações bastante embaraçosas, e também era mandona e apaixonada por Schroeder o pianista que tocava Beethoven, Patty Pimentinha que inúmeras vezes demonstra seu amor por Charlie Brown tem um jeito moleque. Marcie a melhor amiga de Patty sempre usava a palavra "meu" para chamá-la, Sally irmã de Charlie era apaixonada por Linus e por fim o passarinho amarelo chamado Woodstock. Há a Professora uma personagem um tanto que misteriosa na qual pronuncia palavras totalmente ilegíveis que só a turma entendia e Charlie sempre finalizava em com um "sim sora".
Curiosidades
Charlie Brown também, conhecido como Minduim, que sempre pronunciava um "mas que puxa" é o protagonista do desenho vivendo fatos comuns a maioria dos garotos e garotas junto com a sua turma.
Possui um amor platônico pela "garotinha ruiva" vive a suspirar por ela, porém não declara seu amor. O interessante do personagem Charlie Brown é justamente este traço de personalidade, ou seja, ele é um romântico acredita que é amado e que pode amar, mesmo não sendo correspondido sonha. As situações problemas giram em torno dele. Tudo é difícil para Minduim. Daí o grande sucesso do desenho pela identificação com este personagem mesmo não sendo cômico. Apesar de ser imediato o carisma de Snoopy que ao contrário de seu dono é decidido e age como um ser humano afinal ele é um cão da raça Beagle, é no garoto que nos identificamos nos seus medos e frustrações tão comuns.
Toda a turma de Charlie Brown possui personalidades marcantes. Seu melhor amigo Linus andava com um cobertor azul para todos os lados não largando por nada, Lucy irmã de Linus sempre procurava meios de deixar Charlie em situações bastante embaraçosas, e também era mandona e apaixonada por Schroeder o pianista que tocava Beethoven, Patty Pimentinha que inúmeras vezes demonstra seu amor por Charlie Brown tem um jeito moleque. Marcie a melhor amiga de Patty sempre usava a palavra "meu" para chamá-la, Sally irmã de Charlie era apaixonada por Linus e por fim o passarinho amarelo chamado Woodstock. Há a Professora uma personagem um tanto que misteriosa na qual pronuncia palavras totalmente ilegíveis que só a turma entendia e Charlie sempre finalizava em com um "sim sora".
Curiosidades
- È totalmente absurda a quantidade de coisas que cabia na casinha do Snoopy;
- O autor Charlie Schulz pensou em batizá-lo de "Snuffy" e não Snoopy;
- O
personagem Charlie Brown existiu. Era um funcionário de uma escola de
desenho na qual Schulz trabalhou na década de 1940 e Linus era um
professor da mesma;
- Charlie Brown, Snoopy e sua turma têm
355 milhões de tiras impressas em 2600 jornais de todo o mundo
(traduzidas para 26 idiomas);
- Pelo canal pago Nickelodeon, nos Estados Unidos cerca de 6,6 milhões de crianças assistem Snoopy;
- Peanuts foi traduzido pelo cartunista Ziraldo como "Minduim";
- Tornou-se peça de teatro na Broadway " You are a Good Man, Charlie Brown" ganhado dois prêmios Tony;
- Snoopy pisou até na Lua! Em 1969, os astronautas levaram na cápsula um desenho da turma de Charlie Brown.
Site Original: http://www.peanuts.com/
REFERÊNCIA:
SOUZA, Roger de. Volta aos Anos 80. Disponível em: <http://www.anos80.com.br/desenhos/snoopy.html> Acesso em 08/06/2012 às 23:22
REFERÊNCIA:
SOUZA, Roger de. Volta aos Anos 80. Disponível em: <http://www.anos80.com.br/desenhos/snoopy.html> Acesso em 08/06/2012 às 23:22
Mafalda: A pequena notável
Criada na Argentina, a menina Mafalda enfrentou a ditadura militar de seu país para falar de censura, feminismo, crises econômicas e política internacional. Virou um dos símbolos dos anos 70
Mariana Della Barba
Sempre que pode, o cartunista argentino Quino diz não se arrepender de ter parado de desenhar Mafalda nove anos depois da primeira tirinha, quando seu personagem tinha um número crescente de fãs. Entretanto, ele admite que se arrepende de algo que fez nas primeiras tiras da personagem: ter criticado tão duramente a presidência de Arturo Illia, que comandou a Argentina entre 1963 e 1966. E não é que aquele governo tenha sido assim tão bom. Quino é que não sabia que, depois do golpe militar que encerrou o mandato de Illia, a situação iria piorar tanto. Mafalda apareceu pela primeira vez em 29 de setembro de 1964, na mais importante revista semanal argentina da época, a Primeira Plana. No ano seguinte, as tiras passaram a ser diárias, veiculadas no jornal El Mundo. Em 1967 Mafalda foi para a revista semanal Siete Días Ilustrados, onde ficou até a última historieta, publicada no dia 25 junho de 1973. Suas 1 928 tiras já foram publicadas em mais de 20 idiomas, incluindo russo, polonês e norueguês. Praticamente todas essas histórias, que ainda saem em jornais ao redor do mundo, estão reunidas na hilária coletânea Toda Mafalda. Depois do golpe, as histórias da personagem e de seus amigos revelam as diferentes fases da ditadura argentina: a ineficácia do governo, a crise econômica, o endurecimento do regime. Durante quatro governos militares, Mafalda não se intimidou e permaneceu questionando a situação do país e fazendo perguntas bombásticas a seus pais. Para acompanhar a trajetória desse difícil trecho da história argentina, Toda Mafalda é uma verdadeira enciclopédia. Apesar de já ser quarentona, a personagem continua muito atual quando o assunto é a insatisfação diante da realidade social e política da América Latina. Mudança de ares Enquanto permaneceu no comando da Argentina, Arturo Illia sofreu críticas de todos os lados. Era comum que, dada sua lentidão em tomar decisões, ele fosse comparado a uma tartaruga – justamente o animal de estimação que Quino deu a Mafalda e batizou de “Burocracia”. “De um lado, Illia foi um presidente honesto e cauteloso, que evitou transformações abruptas num momento em que nacional e internacionalmente elas significariam riscos grandes”, afirma Júlio Pimentel Pinto, professor de História da América Latina da Universidade de São Paulo. “De outro, teve uma atuação inexpressiva na condução da economia e da política interna e externa.” Apesar do cenário desanimador, os argentinos pelo menos estavam vivendo um período de liberdade – algo muito valioso num país que tinha assistido a golpes de Estado nas três décadas anteriores. A imprensa aproveitava para satirizar Illia, coisa que Quino fazia muito bem. Isso tudo tinha data para acabar. Não tardou para que os militares tomassem o poder e resolvessem as coisas à sua moda: o general Juan Carlos Onganía assumiu a presidência em 1966, onde permaneceu até 1970. Seus colegas de farda ficariam no poder até as eleições de 1973. A ascensão dos militares foi, como de costume, acompanhada por repressão. Quino respondeu à nova realidade de várias formas. Uma das mais geniais foi a última personagem criada por ele para a turma de Mafalda. Filha de hippies e esquerdista, ela tem duas características que a tornam uma metáfora explícita: é muito pequenina (tem menos da metade do tamanho de Mafalda) e se chama Liberdade. Crise sem fim Durante os nove anos das aventuras da Mafalda, foram várias as crises econômicas presenciadas pelos argentinos e registradas por Quino. Em 1964, por exemplo, havia uma conjunção de desvalorização constante da moeda e fraco desempenho agrícola. A conseqüente recessão deixou desempregados quase um terço dos trabalhadores. Apesar de alguns períodos mais prósperos (como em 1966, quando a taxa de crescimento anual foi de 5,6%), o que predominou, como podemos ver em Toda Mafalda, foi a crise generalizada e a estagnação. Quando tomou o poder, o general Onganía lançou seu Plano de Estabilização e Desenvolvimento. Uma das principais medidas foi facilitar a entrada de produtos estrangeiros no país, o que causou a falência de centenas de empresas argentinas, incapazes de competir com os importados. O personagem que Quino melhor usa para falar de economia é Manolito, que trabalha na mercearia do pai, freqüentada pela turma de Mafalda. Seu sonho é ter uma cadeia de supermercados e ganhar muito, muito dinheiro – em busca desse objetivo, não é raro que ele tente enganar seus clientes. Manolito, que adora o modo como a inflação faz aumentar o preço das mercadorias que vende, vai muito mal na escola e não dá valor a “superfluosidades” – tais como as canções dos Beatles. Repressão em alta A partir de 1966, a Argentina viu sua liberdade ser dramaticamente reduzida. Estudantes viravam alvos da polícia, jovens desapareciam de um dia para o outro, jornais eram censurados – fenômenos bastante parecidos com o que ocorreu no Brasil e em outros países latino-americanos no mesmo período. |
As medidas autoritárias e impopulares do general Onganía, como o congelamento de salários, incomodavam muito os trabalhadores. Com a justificativa de combater o “comunismo”, o governo militar criou a Dipa (Direção de Investigação de Políticas Antidemocráticas) para perseguir, encarcerar e torturar militantes políticos e sindicais contrários ao governo. Onganía dissolveu partidos políticos e interveio nas universidades com ações violentas.
Dois episódios marcaram o aumento de violência do regime e foram, de maneira mais ou menos velada, retratados por Quino em tiras presentes em Toda Mafalda. O primeiro, ocorrido em 29 de julho de 1966, ficou conhecido como La Noche de Los Bastones Largos (ou “a noite dos cacetetes compridos”). Professores, diretores e alunos da Universidade de Buenos Aires foram arrancados das faculdades pela polícia, que tinha a ordem de não economizar no uso de seus bastones. Três anos depois, um protesto semelhante aconteceu em Córdoba, com conseqüências ainda mais desastrosas. O ápice da truculência policial e militar foi batizado de Cordobazo e é considerado o equivalente argentino dos conflitos que marcaram o mês de maio de 1968 na França. Em 29 de maio de 1969, a maior manifestação de estudantes e trabalhadores já vista no país foi violentamente reprimida pelo exército (pois a polícia já havia se rendido diante da força dos manifestantes) e deixou dezenas de mortos e centenas de feridos. Marco na história recente da Argentina, o Cordobazo acabou tendo um efeito multiplicador, incitando manifestações país afora e enfraquecendo o regime militar. Intragável censura Mafalda odeia sopa. Todos os (muitos) dias que sua mãe insiste em lhe servir a iguaria, a menina faz questão de mostrar seu descontentamento. Esse foi um dos modos que Quino encontrou para manifestar seu desgosto com relação à ditadura. A sopa, segundo o cartunista, era “uma metáfora do autoritarismo militar”, assunto que não permitia abordagens muito diretas. Durante a ditadura, os veículos de comunicação que publicavam as tiras de Mafalda deixavam os limites bem claros: “Logo me advertiram que havia temas, como sexo, militares e repressão, em que não se podia tocar”, disse Quino em entrevista publicada no jornal argentino Clarín em 28 de julho de 2004. Em Toda Mafalda, entretanto, existem tirinhas que dão a impressão de que os censores argentinos não eram assim tão rigorosos. Quino é bastante incisivo em certas alusões à tortura e à falta de liberdades democráticas, por exemplo. No fim dos anos 60, cartuns com esse conteúdo dificilmente poderiam ser publicados no Brasil – onde, após o Ato Institucional nº 5, de 1968, toda a produção jornalística e cultural foi ferozmente censurada. “Pode-se dizer que, no período que vai de 1968 até 1976, a censura foi um pouco mais branda na Argentina do que aqui”, diz o historiador Júlio Pimentel. “Entretanto, com o golpe militar argentino de 1976, a situação por lá ficou realmente complicada.” Quino acabou dando sorte, já que, nessa época, Mafalda não era mais publicada. Mafalda se cala Em 1973, Quino decidiu que era hora de deixar de desenhar Mafalda. Na época, ao se justificar, o cartunista disse que, diante do novo panorama argentino, a personagem teria de presenciar coisas que não suportaria. O curioso é que Quino não se referia a mais uma medida infeliz dos militares. A ditadura havia acabado e Héctor Cámpora havia sido eleito presidente em março daquele ano. O problema é que ele era um mero fantoche nas mãos de Juan Domingo Perón, líder populista que já tinha governado a Argentina por duas vezes. No exílio havia quase 18 anos, Perón tinha sido proibido pelos militares de se candidatar. Em 20 de junho, Perón retornou ao país, vindo da Espanha. Uma recepção havia sido armada no Aeroporto de Ezeiza, nos arredores de Buenos Aires. Mas o local acabou sendo palco de um sangrento confronto entre facções rivais de peronistas. O evento, que ficou conhecido como Massacre de Ezeiza, deixou um saldo desconhecido de mortos e feridos. O ex-presidente pousou em outro local, mas o estrago já estava feito, revelando a grave crise no peronismo. Como Quino suspeitava, o retorno de Perón (que em setembro, após a renúncia de Cámpora, voltaria a ser eleito presidente) traria instabilidade à Argentina. Cinco dias depois do massacre, Mafalda despediu-se de seus fãs. Quino só voltaria a desenhá-la raríssimas vezes, como numa campanha do Unicef (o Fundo das Nações Unidas para a Infância) realizada em 1977 para divulgar a Declaração dos Direitos das Crianças. REFERÊNCIA: BARBA, Mariana Della. Mafalda: A pequena Notável, 2006. Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/m afalda-pequena-notavel-434734.shtml> Acesso em 08/06/2012 às 21:33 |